Cerca de 67% das mulheres paulistanas relatam já terem sofrido assédio
Nesta segunda-feira (21/08), a ASDPESP, representada pela coordenadora-geral, Cristina Oliveira, esteve na Câmara Municipal de São Paulo para acompanhar o lançamento do manifesto pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o assédio sexual às mulheres.
O manifesto, de iniciativa da vereadora Silvia Ferraro, da Bancada Feminista do PSOL, agrupa centenas de assinaturas de associações, entidades, coletivos, frentes, grupos de estudos e movimentos.
O documento foi entregue ao presidente da Casa, vereador Milton Leite (União), que se manifestou: “Eu julgo um tema importante, vejo com simpatia esse tema”.
“Não é uma CPI para um mandato nem para um partido. É uma proposta de CPI para as mulheres, principalmente da nossa cidade, que tem um número muito grande de casos de assédio sexual”, defende a autora do manifesto.
Cerca de 67% das mulheres da maior capital do país manifestam já terem sofrido algum tipo de assédio sexual. “É muito importante que a gente investigue se o poder público está de fato realizando campanhas de conscientização”, defendeu a vereadora.
A ASDPESP manifesta seu apoio à iniciativa e engrossa o coro pela solicitação de instalação da CPI. Enquanto entidade que representa servidoras e servidores da Defensoria Pública, a Associação tem entre seus princípios a luta por condições de trabalho, dignidade, saúde e bem-estar das/os servidoras/es da DPESP e da classe trabalhadora de forma geral. O combate ao assédio sexual é um dos pontos de luta desde o princípio da entidade. Trabalhamos ativamente e acompanhamos a construção da Política Institucional de Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação da DPESP. Acreditamos que o assédio deve ser uma preocupação de toda a sociedade. É fundamental que o poder público ouça a população, em especial as mulheres, e implemente formas de conscientização, prevenção e enfrentamento.