Prêmio Justiça Para Todos e Todas Josephina Bacariça 2022

Cerimônia de entrega dos prêmios ocorreu na Assembleia Legislativa

Na noite desta quarta-feira (01/06) aconteceu a cerimônia de entrega do Prêmio Justiça Para Todos e Todas – Josephina Bacariça 2022, organizado pela Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública de São Paulo, com apoio da ASDPESP e da Apadep. O evento aconteceu no auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa.

Integraram a mesa de abertura o ouvidor-geral, William Fernandes; o defensor público-geral de São Paulo, Florisvaldo Fiorentino Junior; o deputado estadual Paulo Fiorilo (PT), o presidente da Apadep, Rafael Galati; o coordenador-geral da ASDPESP, Brunno Gozzi; o defensor público e ex-conselheiro superior Luis Gustavo Fontanetti; a ouvidora-geral da Defensoria Pública da Bahia e presidente do Conselho Nacional de Ouvidorias, Sirlene Assis; os conselheiros consultivos Luciana Santoro, Sonia Couto e Rodnei Jericó e o defensor público-geral da Defensoria Pública do Amazonas, Ricardo Queiroz de Paiva. Apresentaram a premiação Isabella Henriques, diretora executiva do Instituto Alana e Katia Souza, presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos de Bauru.

O ouvidor-geral lembrou a história do prêmio, que existe desde 2008 e que representa uma forma de reconhecimento público da sociedade civil às ações da Defensoria Pública. “A Defensoria é uma instituição que precisa ser valorizada, especialmente no momento político em que vivemos”, expôs.

“É um jubilo para a Defensoria enaltecermos e homenagearmos práticas fundamentais, que inovam e que, em boa medida, têm também doses de criatividade e que, principalmente, têm potencial de levar o acesso à justiça qualificado com o potencial de atender a um número indeterminado de usuários”, afirmou o defensor público-geral.

Brunno Gozzi que já esteve em outras edições da premiação falou sobre o que sentiu de diferente na cerimônia da quarta-feira. “Consigo lembrar dos mementos políticos que simbolizaram os diversos prêmios e vejo o de hoje como um momento de esperança para nós. Diferente do que foi em prêmios passados com as dificuldades que passamos. Acho que 2022 pode sinalizar uma esperança para a Defensoria Pública, para as/os servidoras/es do Brasil e também para os movimentos sociais e população”, alegou.

 

Premiadas/os:

Este ano as/os premiadas/os foram:

 

Categoria Servidor(a)

Premiada: Marilene Alberini

Prática: Defesa à permanência no território das famílias tradicionais do Parque Estadual do Jurupará

Categoria Defensor(a) Público(a)

Premiada: Giovana Devito dos Santos Rota

Prática: Implementação da Casa Abrigo Sigiloso para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, seus filhos e filhas, no Oeste Paulista

Menção Honrosa: Kátia Cilene Oliveira Giraldi

Prática: Mães Vulneráveis e o direito a Maternagem

Menção Honrosa: Júlio César Tanone

Prática: Ações coletivas ajuizadas durante a pandemia para garantia de adaptações no sistema de transporte público aos pacientes em tratamento de doenças graves em São José do Rio Preto/SP, de fornecimento de água potável aos moradores da “Favela Marte” de São José do Rio Preto/SP e de adoção de medidas sanitárias em Votuporanga/SP.

Categoria Órgão

Premiado: Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos

Prática: Atuação para garantir a segurança alimentar da população em situação de rua

Menção Honrosa: Assessoria Criminal e Infracional, NSITS, NESC, Coordenação de Pesquisas/1a Sub e Assessora Especial de Direitos Humanos da Secretaria da Segurança Pública (Dra. Fabiana Zapata)

Prática: Multa Penal: Atuação estratégica para garantir direitos e fomentar alteração de entendimento jurisprudencial

Menção Honrosa: Unidade de Jaú

Prática: Atuação emergencial para auxiliar as vítimas das enchentes na cidade de Jaú

Luciana Gross, conselheira consultiva da Ouvidoria que entregou o prêmio na categoria servidor/a apontou a importância das/os trabalhadores da instituição. “Sem as/os servidoras/es a Defensoria não existe. Sem as/os agentes que criam notas técnicas que sustentam os trabalhos das/os defensoras/es, a Defensoria não existe”, defendeu. “Se há dez anos me dissessem que eu estaria aqui hoje eu não acreditaria. Digo isso para mostrar o potencial que as/os servidoras/es da Defensoria, potencial que nem sempre consegue ser cumprido, ainda enfrentamos cenários desafiadores”, expôs Marilene, a servidora homenageada.

O trabalho premiado na categoria órgão contou com a importante participação do agente sociólogo Wilherson Carlos Luiz, que juntamente com os coordenadores do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos recebeu o prêmio na noite de ontem. “Quero estender a equipe que participou deste trabalho para os irmãos e irmãs de rua que foram decisivos para o sucesso desta atuação. Entre as diversas reuniões, trocas de e-mail, trocas de ofícios e contatos telefônicos para se decidir como a Defensoria atuaria foi decisivo a cobrança que os movimentos e as pessoas traziam com as informações concretas do que estava acontecendo no território”, explicou ao falar sobre a prática premiada.

Confira o vídeo da cerimônia:

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